Existem diferentes causas para a surdez. Durante o processo diagnóstico, a equipe de saúde poderá levantar hipóteses baseadas no histórico de saúde da criança, que pode incluir o estado de saúde da mãe durante a gestação e demais familiares. Além disso alguns exames complementares podem ser solicitados para auxiliar nesta investigação.
De modo geral podemos classificar as causas da perda auditiva como pré-natais e pós-natais, sendo antes e depois do nascimento respectivamente. Na classificação de causas pré-natais enquadram-se as doenças congênitas, ou seja, aquelas que acometem o bebê durante o período de desenvolvimento gestacional e podem ser influenciadas pelo estado de saúde da mãe ou mesmo outras intercorrências independente da saúde da mãe durante esse período. Em relação às causas pós-natais, enquadram-se as infecções infantis como meningite, sarampo e catapora, também as otites, que são infecções no ouvido e nesta fase podem ser bastante frequentes e por fim, exposição a antibióticos* (do tipo aminoglicosídeos e diuréticos de alça) que podem causar danos auditivos ou outras ocorrências que podem acometer a audição e não listadas aqui.
Além disso, é bastante comum encontrarmos perdas auditivas em que não é possível identificar a causa, pois podem ocorrer diversas situações na formação do bebê e que apenas através de exames especiais se pode entender as situações ocorridas.
* Que tipos de medicamentos podem causar perda auditiva?
Segundo o Joint Committee of Infant Hearing (JCIH), alguns medicamentos da classe antibióticos (do tipo aminoglicosídeos e diuréticos de alça) podem causar danos auditivos e por isso são considerados ototóxicos, ou seja, tóxicos à audição. No entanto, esses medicamentos são utilizados para diferentes tratamentos médicos e algumas vezes podem ser necessários para auxiliarem nos quadros clínicos dos pacientes, porém o médico sempre vai refletir sobre os riscos e consultar a família visando a vida da criança e priorizar a sua melhora.