O Teste da Orelhinha é bastante eficiente e amplamente utilizado nos hospitais e maternidades. Quando o resultado apresentado é “falha” isto significa que a audição do bebê não está recebendo os sons corretamente, no entanto, pode ou não significar que exista a perda auditiva. Alguns fatores interferem nesse resultado, como líquidos provenientes da placenta da mãe que adentram a orelha do bebê e criam uma barreira, impedindo o som de ser ouvido adequadamente, também falhas no aparelho no momento da triagem e até ruídos presentes no ambiente onde o exame está sendo realizado. Dessa forma, para um diagnóstico preciso, é importante seguir o protocolo de reteste da triagem, isso significa dizer que dentro do período de um mês de vida (até 28 dias), os pais devem procurar uma Unidade de Saúde ou Hospital especializado para realizar novamente este exame, também conhecido como Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE).
Para os bebês que obtiveram resultado “passa” mas possuem fatores de risco para perda auditiva como internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por mais de cinco dias, uso de respirador mecânico, exposição a antibióticos do tipo considerado como medicamentos ototóxicos, diagnósticos como hiperbilirrubinemia, anóxia perinatal e infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, HIV), anomalias craniofaciais próximas a orelha, infecções bacterianas ou virais (sarampo, herpes, varicela, citomegalovírus, meningite), o monitoramento da audição realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Saúde da Família (USF) é imprescindível para que a equipe acompanhe o desenvolvimento durante os meses seguintes. É importante estar atento às orientações dos profissionais de saúde para que os bebês realizem os exames de forma correta dentro dos períodos estipulados. Além disso, os pais podem questionar sobre os procedimentos que estão sendo realizados a qualquer momento, se houverem dúvidas.